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Artigo: Eliminar o desmatamento para alavancar a resiliência climática

11/04/2023 09:52

MERCEDES BUSTAMANTE - Professora titular da Universidade de Brasília, é presidente da Capes


crédito da foto: Caio Gomez

Em 20 de março, o Painel Intergovernamental sobre Mudança do Clima (sigla em inglês, IPCC) lançou o relatório que sintetiza os relatórios produzidos em seu sexto ciclo de avaliação. A mensagem não deixa dúvidas: mais de um século de queima de combustíveis fósseis e uso insustentável dos recursos naturais levaram a um aquecimento global de 1,1°C acima dos níveis pré-industriais, que hoje se traduz em eventos climáticos extremos mais frequentes, mais intensos e mais perigosos para a natureza e para as pessoas em todas as regiões do mundo. Cada incremento do aquecimento resulta em rápida escalada dos impactos negativos e por isso o conjunto de soluções já disponíveis e descritas pelo IPCC deveriam estar no centro dos debates públicos.


Pouco mais de duas semanas depois da contundente compilação dos últimos sete anos de trabalho do IPCC, o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) divulgou os dados referentes aos alertas de desmatamento no cerrado e na Amazônia no primeiro trimestre de 2023, indicando um recorde de 1.375,38km² no cerrado e a segunda pior taxa da série histórica na Amazônia.


O desmonte sistemático das estruturas de proteção ambiental e controle do desmatamento perpetrado pela gestão Bolsonaro demonstra um efeito persistente mesmo diante das ações já implementadas nos primeiros meses de 2023 para a retomada de uma efetiva governança ambiental.


A continuidade da tendência alarmante de converter as inestimáveis paisagens naturais do cerrado para outros usos, em especial agricultura e pecuária, contrapõe-se ao alerta da ciência sobre a emergência climática e o conhecimento acumulado sobre a relevância desse bioma. O cerrado é uma das savanas mais extensas e diversas do mundo e um sumidouro crucial de carbono. Desde os anos 1970, a expansão agrícola no cerrado levou à conversão de quase metade da sua vegetação original em pastagens e terras de cultivo para abastecer os mercados internacionais e hoje 70% da soja importada pela União Europeia ligada à conversão de ecossistemas naturais é proveniente desse bioma. Os efeitos ambientais dessa transformação em grande escala já foram detectados.


Fonte: Opinião/ Correio Braziliense

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