O processo de formação de Redes é uma tendência em vários setores das atividades sociais e econômicas. Segundo o diagnóstico realizado pela ABRUC, sob assessoria da CEPLAN, a crescente internacionalização das estruturas ofertantes de serviços educacionais de nível superior, mostra que a formação de Rede se dá em escala mundial, a exemplo da Federação Internacional de Universidades Católicas – FIUC.

No Brasil, as Instituições Comunitárias de Educação Superior – ICES, estão integradas em redes temáticas e geográficas. Além da ABRUC – que congrega, no âmbito nacional, as Comunitárias de todo o país, numa espécie de confederação, existem ainda a Associação Brasileira de Instituições Educacionais Evangélicas – ABIEE, a Associação Catarinense das Fundações Educacionais – ACAFE, a Associação Nacional de Educação Católica do Brasil – ANEC, e o Consórcio das Universidades Comunitárias Gaúchas – COMUNG.

Entre os objetivos centrais da ABRUC, figura o de incentivar a ampliação, a consolidação e a articulação de “Redes Regionais” de Comunitárias, valorizando a mobilidade de alunos, professores e pesquisadores e promovendo articulações.

O convívio e a ação conjunta com as redes regionais já existentes comprovam que não há sobreposição de poderes ou atribuições. Ao contrário, a convergência para interesses comuns contribui para o fortalecimento da causa comum, em que todos saem vitoriosos.

É o que tem ocorrido, por exemplo, no âmbito da Lei das Comunitárias. Desde a apresentação do Projeto de Lei na Câmara dos Deputados, a ABRUC e as Redes Regionais e Temáticas tiveram atuação conjunta pela sua aprovação, sem que houvesse o protagonismo de uma ou outra representação.

Além das duas Redes Regionais já consolidadas – ACAFE e COMUNG – a ABRUC trabalha na articulação para a multiplicação dessas entidades por todo o Brasil. É o que vem acontecendo em São Paulo, com a constituição da Rede Paulistas das Comunitárias e também no Nordeste, com a criação da Rede Nordeste. Já há pequenos embriões nas regiões Centro-Oeste e Norte.

A ABRUC tem trabalhado para incentivar e promover a formação dessas redes por entender que a partir da realidade local haverá debates mais articulados e maior penetração nas comunidades locais. Não se trata de um organismo estatutário, mas uma forma de articulação para que a ABRUC passe a ter mais capilaridade e represente com mais propriedade as ICES.