21/06/2019 12:22
Governo pediu revisão de decisão do Supremo, e alguns deputados querem regulamentar medida, mas outros dizem que o espaço educacional não deveria ser invadido pelos agentes de segurança.

No segundo turno das eleições do ano passado, ação da polícia nas universidades provocou reação do Ministério Público que conseguiu no Supremo Tribunal Federal (STF) a suspensão das operações. Mas o advogado-geral da União, André Luiz de Almeida Mendonça, pediu ao STF que libere a atuação da polícia nas universidades públicas e privadas.
"Essa história de querer exercer o patrulhamento ideológico para que professores não possam ter na universidade o estabelecimento do que é o pensamento crítico não pode ser tolerado. As universidades federais e os institutos federais são espaços, sim, para que a reflexão crítica se estabeleça", disse o deputado Glauber Braga (Psol-RJ), em audiência que discutiu o assunto, ontem, na Comissão de Educação.
Mendonça negou que tenha defendido o controle ideológico das universidades pela polícia, mas acusou professores de terem usado as universidades durante o período eleitoral para fazer campanha partidária. "Dentro do processo eleitoral, o professor não pode – e ninguém pode –, fazer campanha política partidária! Constatou-se a presença de panfletos e cartazes com mensagens de apoiamento ao candidato Fernando Haddad e rejeição ao candidato Jair Bolsonaro."
Deputados divergiram sobre a iniciativa da Advocacia-Geral da União (AGU). A deputada Carla Zambelli(PSL-SP), defendeu a presença de policiais nas universidades. “Quem pode ser contra um policial estar dentro de um campus, que normalmente é gigantesco para poder prover mais segurança para as pessoas? Quem tem medo de polícia, normalmente, é ladrão! Ou então é usuário de drogas. Pessoas normais, que não cometem crime nenhum, não têm nenhum problema de ter a polícia perto delas."
Já a deputada Natália Bonavides (PT-RN), criticou a iniciativa da AGU. "O ministro disse que se tratavam de questões de propaganda eleitoral, mas não foi isso o que aconteceu. Houve ações policiais que interromperam aulas para monitorar o que os professores estavam falando, que retiraram faixas sem nenhum caráter eleitoral – faixas contra o fascismo ou em homenagem à vereadora assassinada Marielle Franco. Nada disso tem impacto eleitoral e na verdade o ministro defendeu que seria, sim, possível à polícia fazer monitoramento ideológico dentro das universidades."
Mesmo com a manifestação da AGU pedindo que o Supremo reveja a decisão do ano passado, deputados do PSL anunciaram que vão apresentar proposta para garantir o acesso das polícias às universidades.
Fonte: Agência Câmara
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