NOTICIA

Projeto no Senado quer ampliar empréstimos do Fies durante pandemia para alunos de classe média

16/06/2020 19:27

Caso seja aprovado, texto permite que alunos com até 12 salários mínimos por família possam se beneficiar do programa

Um projeto apresentado pelo senador Weverton (PDT-MA) ao Congresso pretende estender o direito ao financiamento estudantil a universitários de classe média durante a pandemia do novo coronavírus. A justificativa é que a inadimplência no ensino superior privado do Brasil cresceu 72% em abril de 2020, se comparado ao mesmo mês do ano passado, e a evasão é de 32,5%. 

O projeto ainda está na fase inicial da tramitação; está desde o dia 1º de junho no plenário do Senado para avaliação. O texto ainda não foi revisado pela Câmara nem avaliado pela comissão competente no Senado. Portanto, não está pronto para ser votado pelo Legislativo nem sancionado pelo presidente.

O texto de Weverton prevê a criação do Programa Emergencial de Apoio ao Financiamento de Estudantes do Ensino Superior (PEFies), que permite a inscrição de universitários com renda familiar igual a até 12 salários mínimos. 

Atualmente, o Fies é concedido a estudantes cuja renda familiar mensal bruta, por pessoa, seja de até três salários mínimos.Também existe a modalidade P-Fies, destinada aos estudantes com renda per capita mensal familiar de até cinco salários mínimos. O valor do salário mínimo é de R$ 1.045.

O acesso ao Fies, porém, está mais difícil desde 2015. Passou-se a exigir uma nota mínima na redação do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) para a concessão do financiamento. Também houve a extinção do financiamento 100%. Isso porque o programa passou a ser custoso para o governo, mas lucrativo para as universidades privadas. E no fim do ano passado, o Ministério da Educação (MEC) mudou regras do programa para poder cobrar na Justiça cerca de 584 mil estudantes com prestações do financiamento atrasadas, porque havia a expectativa de que se bateria o recorde de inadimplência em 2020.  

Fies e P-Fies

Para ter direito ao programa proposto por Weverton, o candidato não poderá ter diploma de ensino superior e nem recebido previamente algum benefício do Fies. No plano emergencial, o limite aceito de renda familiar é ampliado de três salários mínimos (R$ 3.135) para 12 (R$ 12.540), e também contempla alunos com dívidas anteriores e com bolsas de estudo parciais, de 50% ou 25%, pelo Programa Universidade para Todos (Prouni).

Contrapartida da universidade 

Para participar do novo programa, as universidades estão proibidas de demitir ou reduzir os salários de funcionários e professores durante o período de calamidade pública. Já o aluno precisa ter pontuação igual ou superior a 3 no Sistema Nacional de Avaliação da Educação Superior (Sinaes).

Fies e P-Fies
Estudantes durante vestibular da FUVEST, em janeiro  Foto: HELVIO ROMERO / ESTADÃO

Como será os juros sobre o empréstimo?

Se o projeto for aprovado, os juros serão cobrados da seguinte maneira:

  • Renda mensal entre um e três salários mínimos: taxa de 0,5% ao ano; 
  • Renda mensal entre quatro e sete salários mínimos: taxa de 1% ao ano; 
  • Renda mensal entre oito e 12 salários mínimos:taxa Selic, acrescida de 2% ao ano.

A Selic está no menor patamar histórico, a 3% ao ano. 

Quanto tempo o aluno terá para pagar?

O texto prevê de 40 a 60 parcelas mensais, com possibilidade de iniciar o pagamento apenas um ano após a conclusão do curso superior. 

Fonte: Estadão

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