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'Quem não deve, tem ido', diz Randolfe sobre comissão que investiga MEC

06/05/2022 11:23


Após novas faltas nos depoimentos agendados na Comissão de Educação do Senado, o senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP) disse hoje que "quem não deve, tem ido" responder às questões dos parlamentares. A comissão tem ouvido prefeitos, assessores e outras pessoas sobre o suposto envolvimento de pastores sem cargos públicos na liberação de verbas do MEC (Ministério da Educação).


Nesta quinta-feira (5), os senadores esperavam ouvir o prefeito de Centro Novo (MA), Junior Garimpeiro; o assessor da Assembleia Legislativa do Maranhão, Crezus Ralph Lavra Santos; e Jorge Guilherme da Silva Souza, diretor da empresa JG Consultoria e Assessoria. Apenas o último compareceu e negou qualquer envolvimento no caso.


"Quem não deve nada, não tem nada a ver com esse processo, topou vir, porque quem não deve não tem porque temer a verdade", disse Randolfe. "O senhor Milton Ribeiro [ex-ministro da Educação], [os pastores] Arilton, Gilmar, não compareceram", informou o senador.


O suposto esquema no MEC ganhou destaque após a divulgação de um áudio em que o então ministro Milton Ribeiro afirma que o governo federal prioriza a liberação de recursos a municípios que eram indicados pelos pastores Gilson Santos e Arilton Moura. A informação foi revelada pelo jornal Folha de S. Paulo.


"Foi um pedido especial que o presidente da República fez para mim sobre a questão do [pastor] Gilmar", diz Ribeiro. Após a divulgação do áudio e de outras reportagens sobre o tema, a Comissão da Educação no Senado começou a convidar pessoas ligadas ao caso, mas muitas delas não compareceram.


O ex-ministro e os dois pastores citados diretamente ao suposto esquema não compareceram, nem deram suas justificativas aos parlamentares. Já três prefeitos confirmaram, em audiência realizada no início do mês passado, o suposto esquema envolvendo pastores na pasta sob a gestão de Ribeiro.


Os prefeitos Gilberto Braga (PSDB), de Luís Domingues (MA); José Manoel de Souza (PP), de Boa Esperança do Sul (SP); e Kelton Pinheiro (Cidadania), de Bonfinópolis (GO) relataram que receberam pedidos de propina dos pastores para a liberação de recursos.


Diretor de consultoria nega interferência


Jorge Guilherme, que prestou depoimento hoje, foi convidado pela comissão após ser citado pelo prefeito de Rosário (MA), Calvet Filho. Segundo o prefeito, a JG Consultoria e Assessoria teria intermediado uma reunião do município com Milton Ribeiro.


Aos parlamentares, Jorge Guilherme negou que sua empresa tenha cometido qualquer irregularidade na intermediação de recursos do FNDE (Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação).


"Nem eu, nem ninguém da minha equipe está autorizado a dizer a algum cliente que vai dar um jeitinho, tampouco promove aproximação com os entes que liberam recursos por outro viés que não seja o técnico. O que nós fazemos é tornar o município apto a receber os recursos", afirmou.


O diretor da empresa disse ainda que trabalha na área desde 2008 e que "não é uma prática habitual" os encontros feitos pelo então ministro, a equipe do FNDE e as prefeituras. "Os repasses eram muitos centralizados, do FNDE para as pontas [municípios]."


Segundo Jorge Guilherme, a percepção é que nos últimos anos houve aumento da liberação de verbas por emendas parlamentares.


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