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Saúde, diversidade e dados abertos são principais tópicos debatidos na primeira reunião de conselheiros científicos do G20

31/03/2023 09:14

MCTI representou Brasil na iniciativa proposta pela presidência indiana para tratar de questões políticas globais de ciência e tecnologia



Foto: MCTI Divulgação

O Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI) representou o Brasil na primeira reunião de conselheiros científicos chefes ou seus equivalentes do G20-CSAR (G20 - Chief Science Advisers Roundtable). A reunião realizada nesta quarta-feira (29) em Ramnagar, no estado de Uttarakhand, na Índia, é uma iniciativa concebida pela presidência indiana do G20 para estabelecer um mecanismo de aconselhamento científico global eficaz.

Os conselheiros científicos chefes estão inseridos no mais alto nível de governança e têm um papel proeminente na definição das escolhas políticas, fornecendo aconselhamento científico baseado em evidências. “A natureza abrangente e transversal do mecanismo de aconselhamento científico permite-nos criar sinergias entre vários setores e ser uma ferramenta catalisadora para alcançar soluções para algumas das questões complexas, multidimensionais e transdisciplinares”, afirmou o principal Conselheiro Científico do Governo da Índia, Ajay Kumar Sood, em comunicado à imprensa.

Mais de 50 delegados de 17 países participaram dos debates em torno de quatro temas relevantes para as questões políticas globais de ciência e tecnologia. O G20 reúne as principais potências científicas emergentes do mundo que produzem aproximadamente 85% do conhecimento científico global. Foram debatidas oportunidades em saúde única, diversidade e acesso aberto.

“O Brasil pode contribuir para a consolidação desses temas, pois além de serem muito importantes, estão afinados com as políticas que atualmente temos no Brasil”, avaliou a secretária de Políticas e Programas Estratégicos do MCTI, Marcia Barbosa.

O primeiro painel abordou as oportunidades em One Health, conceito de saúde única que engloba meio ambiente, para melhor controle de doenças e preparação para pandemias. O Brasil relatou a experiência da Rede Vírus MCTI, constituída em 2020 para enfrentamento de viroses emergentes e reemergentes que atua em diferentes frentes. Atualmente, está direcionando esforços para o monitoramento do vírus influenza aviária, em especial o monitoramento de aves migratórias. A história demonstra que cerca de 70% das doenças infecciosas emergentes, vírus que causaram epidemias e pandemias, eram provenientes de animais silvestres. “A proposta é tentar estabelecer uma plataforma de comunicação para melhorar a compreensão mútua das ações dos países, para compatibilizar e compartilhar dados e também políticas”, relatou Marcia sobre os encaminhamentos em torno do tema.

O segundo painel abordou esforços globais para expandir o acesso ao conhecimento científico acadêmico. O alto custo das publicações científicas foi mencionado como um dos desafios. Outro aspecto debatido foi o financiamento das editoras globais de acesso aberto.

“Isso originou uma abertura de diálogo importante com a Índia, que compartilha da mesma preocupação. Nossa proposta é estabelecer uma visão conjunta para dialogar com as editoras sobre os altos preços que envolvem as publicações científicas”, informou.

A secretária Marcia Barbosa destacou ainda que, embora sem uma política nomeada, o Brasil já pratica o acesso aberto a dados por meio de plataformas nacionais como Lattes, Sucupira e Scielo. “A Scielo foi imediatamente reconhecida pela representante da África do Sul, que relatou estar utilizando a plataforma Scielo”, descreveu.

O terceiro painel enfatizou questões relativas à diversidade, equidade, inclusão e acessibilidade em ciência e tecnologia. “Todos os países demonstraram a mesma preocupação, não apenas para questão de gênero, mas também para questões raciais, grupos indígenas e sobre diversidade na ciência.

“Nós precisamos olhar as políticas que estão sendo feitas no âmbito dos países do G20, observar quais impactos têm produzido e, a partir disso, construir um sistema de boas práticas.”

Em agosto, o grupo voltará a se reunir, e o Brasil deverá apresentar o retorno sobre as questões e propostas debatidas. O país ocupará a próxima presidência do G20 a partir de dezembro de 2023.

Fonte: MCTI

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