^{A Universidade de Cambridge anunciou planos de que todas as aulas serão ministradas online para o próximo ano acadêmico.}

A Universidade de Cambridge se tornou a primeira instituição do Reino Unido a anunciar que está migrando todas as aulas para ambiente online até o verão (meio do ano) de 2021.

A universidade disse que "dado que é provável que o distanciamento social continue sendo necessário, a Universidade decidiu que não haverá aulas presenciais durante o próximo ano acadêmico".

Os professores foram comunicados que as aulas serão realizadas virtualmente, incluindo transmissões ao vivo. No entanto, a instituição ainda planeja realizar seminários, oficinas e pequenos grupos de estudo de forma presencial, com "rigoroso afastamento social" em vigor.

^{Um porta-voz da Universidade disse que os planos estão sendo formulados para garantir que as aulas sejam "da melhor}

Alice Benton, diretora de serviços educacionais da universidade, disse ao jornal que os planos da equipe do colégio estão sendo formulados para garantir que as aulas virtuais "sejam da melhor qualidade possível".

Cambridge é o primeiro a dar um passo tão radical, mas a Universidade de Manchester anunciou na semana passada que estava realizando todas as aulas online durante o período do outono.

A instituição do Russell Group tomou a decisão em meio à "verdadeira incerteza" sobre quando o distanciamento social terminará e disse que o auditório "não suporta facilmente a separação espacial", mas acrescentou que espera promover um aprendizado presencial para pequenos grupos.

Isso ocorre após os órgãos reguladores determinarem às universidades que informem aos novos candidatos se eles poderiam ou não ter ensino presencial no próximo ano, antes de aceitarem ofertas de admissão às instituições.

O representantes dos estudantes disseram que os dirigentes devem dar aos alunos "clareza absoluta" e não oferecer falsas esperanças de uma "experiência no campus".

A maioria dos campi está fechada desde abril, com aulas e exames apenas online.

Existe uma crescente incerteza em todo o setor sobre como eles irão operar no próximo ano, com instituições já enfrentando enormes perdas financeiras devido a uma queda esperada em estudantes estrangeiros que estudam no Reino Unido neste outono.

É provável que surjam questionamentos sobre as mensalidades, com os estudantes britânicos pagando 9.250 libras esterlinas por ano, enquanto os internacionais pagam até três vezes esse valor.

Michelle Donelan, Ministra de Estado para as Universidades, disse que as instituições podem cobrar a mensalidade integral desde que o aprendizado online seja de "qualidade".

Mas alguns estudantes expressaram a preocupação sobre se o valor que investirem terá o mesmo retorno se todo o ensino for realizado online.

Alex Jones, um estudante do segundo ano de ciências naturais de Cambridge, disse ao LBC News: "Em um curso com contoto pessoal frequente, não há um substituto à altura para o ensino que recebemos no laboratório.

"No período atual tivemos somente metade do número de horas presenciais que estavam programadas originalmente. E dez semanas de trabalho de campo que deveríamos ter tido foram canceladas.

"Se a mesma coisa acontecer no próximo ano é difícil ver como a taxa de 9250 libras se justificará, quando teremos muito menos ensino".

Outras universidades britânicas que seguem à risca as orientações do governo enquanto hesitam em ser as primeiras a agir, agora podem seguir o exemplo.

Fonte: Notícias da Universidade de Cambridge