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Bolsista ganha prêmio de excelência em escrita técnica

10/10/2017 13:32

A bolsista Mariana Desireé Reale Batista, do programa Ciência sem Fronteiras, foi agraciada com o primeiro lugar no prêmio Dr. Jackie Rehkopf de excelência em escrita técnica pelo artigo Hybrid cellulose-inorganic reinforcement polypropylene composites: lightweight materials for automotive applications. O artigo tem coautoria do orientador da bolsista, Lawrence Drzal, e de pesquisadores do grupo de sustentabilidade e materiais emergentes da Ford, Alper Kiziltas e Deborah Mielewski.

O artigo foi premiado pela Society of Plastics Engineers (SPE) na 17ª Automotive Composites Conference & Exhibition (ACCE), realizada de 6 a 8 de setembro de 2017, decorrente de um estágio realizado pela pesquisadora na Ford Motor Company.

“O objetivo do projeto foi reduzir a quantidade de reforços inorgânicos usados nos componentes dos veículos, e substituí-los por fibras de celulose que possuem diversas vantagens, tais como baixo custo, baixa densidade e menor impacto ambiental”, explicou a pesquisadora, formada em engenharia mecatrônica pela Universidade Salvador (Unifacs), da Bahia.

Segundo Mariana, bolsista de doutorado em ciência e engenharia de materiais na Michigan State University (MSU), nos Estados Unidos, o uso de fibras naturais na indústria automotiva é uma estratégia para produzir peças mais leves e, consequentemente, veículos mais econômicos e sustentáveis, estimando que uma redução de 10 % na massa de um veículo, represente um potencial de economia de combustível de 3% a 7%.

A bolsista explica ainda que o artigo aborda o desenvolvimento de um material compósito híbrido formado pela combinação de celulose e reforços inorgânicos (fibras de vidro ou talco) em uma matriz polimérica de polipropileno.

“A vantagem de combinar dois ou mais tipos de fibras em uma única matriz é que as propriedades de uma fibra complementam o que falta na outra. O interesse em utilizar fibras naturais é que, além de serem recursos provenientes de fonte renovável, elas também têm boas propriedades mecânicas e consomem menos energia durante o processamento. A pesquisa mostra que compósitos híbridos com uma concentração ideal de celulose é uma alternativa viável para reduzir o uso dos reforços inorgânicos em muitas aplicações automotivas.”

Para a pesquisadora, a premiação foi um reconhecimento ao esforço e trabalho empreendidos. “Na posição de uma estudante internacional, me sinto orgulhosa de representar o Brasil no exterior e mostrar que o nosso país tem bons pesquisadores. Também me sinto privilegiada em desenvolver um projeto de pesquisa capaz de se tornar um produto real a ser implementado nos carros e que diminui o impacto ambiental e beneficia a sociedade”, disse.

Experiência – Mariana conta que participar do Ciência sem Fronteiras lhe proporcionou conhecer outras culturas, participar de congressos e interagir com pesquisadores renomados em sua área de estudo. “Sou grata ao programa Ciência sem Fronteiras por ter me dado a oportunidade de estudar fora e, portanto, busco aprender o máximo para adquirir mais conhecimento e experiência para levar para o Brasil. Vale ressaltar que o programa tem a consciência de que é preciso investir no futuro do nosso país e que a educação tem um papel importante neste processo”, acrescentou a bolsista.

A pesquisadora cita como um de seus planos para o futuro o desenvolvimento de materiais compósitos que contribuam para o avanço da sustentabilidade global. “Sempre me preocupei em pesquisar recursos renováveis e fibras naturais para valorizar as riquezas naturais abundantes no nosso país. Os benefícios vão além da melhoria das propriedades mecânicas de materiais compósitos, já que o cultivo das plantas das quais são extraídas estas fibras promovem a geração de mais emprego, o que mostra o seu aspecto social e econômico. Pretendo ainda compartilhar minhas experiências e transmitir o conhecimento que adquiri no exterior para motivar as pessoas a acreditarem que todos nós somos capazes de contribuir com algo para o crescimento do nosso país”, disse.


Assessoria de Comunicação Social - MEC


Importância da valorização profissional é destacada em homenagem aos professores no Plenário


O Dia do Professor, 15 de outubro, foi lembrado no Senado com uma sessão especial no Plenário nesta segunda-feira (9). Além de cobrar mais valorização dos profissionais de ensino, parlamentares e convidados aproveitaram para homenagear professoras e crianças mortas num incêndio criminoso numa creche na cidade de Janaúba, norte de Minas Gerais. A tragédia deixou até agora 11 mortos, sendo nove crianças e dois adultos, entre eles a professora Heley Batista, de 43 anos, que, segundo a polícia, salvou vários alunos.

— O docente enfrenta uma série de dificuldades pela falta de valorização profissional no Brasil. Nossa mais recente heroína é Heley de Abreu Silva Batista, uma das vítimas da tragédia em Janaúba, que perdeu a vida para salvar seus alunos. Saúdo os professores que precisam ser heróis dia após dia, enfrentando adversidades de todos os tipos em todas as regiões do país — afirmou Oswaldo Luiz Saenger, fundador do colégio Projeção.


Exemplo


Com a experiência de quem já morou na Espanha, na Alemanha e na Coreia do Sul, o vice-reitor da UnB, Enrique Huelva, lembrou que os países que já identificaram a importância da educação se deram muito bem e agora estão colhendo os frutos desta opção acertada. Ele também defendeu a universidade de qualidade e gratuita.

O senador Jorge Viana (PT-AC), tem opinião semelhante. Além de lembrar as dificuldades enfrentadas e as conquistas por ele obtidas quando esteve à frente da prefeitura de Rio Branco e do governo do Acre, ele destacou que todos os países que investiram em educação obtiveram sucesso.

— Quem é gestor público de fato tem que levar a educação como prioridade. Temos que mudar o modelo adotado pelo Brasil nos livrarmos dessa pecha de sermos um país que não leva a educação a sério — afirmou.


Fundeb


A senadora Fátima Bezerra (PT-RN) aproveitou para chamar atenção para o fato de que o Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica (Fundeb) está completando 11 anos e tem vigência somente até 2020. Ela disse ser a relatora de uma proposta de emenda à Constituição, da senadora Lídice da Mata (PSB-BA), para prorrogar a validade do fundo e torná-lo uma política permanente, independente de governos.

— Mais do que isso, temos que também fazer um debate acerca do financiamento, ampliando a participação financeira da União para estados e municípios — disse.


Igualdade


A sessão foi presidida pelo senador Cristovam Buarque (PPS-DF), que voltou a insistir na defesa da igualdade de oportunidades entre ricos e pobres também no campo da educação.

— Um país onde não há igualdade de oportunidade não é uma nação. É a escola que é capaz de trazer coesão e fazer o país avançar em direção ao futuro. Vamos superar tudo quando tivermos uma escola que seja das melhores do mundo, e o filho do mais pobre tenha a mesma oportunidade que o filho do mais rico. Como já fizemos com o futebol, porque a bola é redonda para todos — comentou.


Agência Senado 


Comissão pode votar relatório sobre MP do Fies


A Comissão Mista da MP 785/17, que modifica as regras do Fundo de Financiamento Estudantil (Fies), tem reunião marcada para esta terça-feira (10).

Na pauta, a votação do relatório do deputado Alex Canziani (PTB-PR). Na última quarta-feira (4), parlamentares criticaram a inclusão, no texto, do ensino a distância entre as modalidades do Fies e a cobrança imediata do financiamento após a conclusão do curso — hoje, o prazo de carência é de 18 meses.

O deputado Moses Rodrigues (PMDB-CE) acredita que, como está proposto, o relatório pode representar, na prática, o fim do Fies. O parlamentar é contra entregar o financiamento estudantil para os bancos, com juros ainda não determinados, sob o risco de tornar o Fies pouco atrativo para as instituições de ensino e para os alunos.

"As instituições não vão aderir porque elas não são obrigadas. Se sai uma proposta que realmente não seja atrativa para os estudantes e para as instituições, quem vai perder são os alunos, sobretudo, os que estão no interior do País”, ponderou.


Ensino a distância


O deputado Pedro Uczai (PT-SC) criticou o uso dos recursos, que já são limitados, para financiar a modalidade de ensino a distância. “Isso vai prejudicar pequenas instituições de ensino que beneficiam justamente a população no interior do País”, afirmou.

Canziani explicou que não há impedimento legal para inclusão do ensino a distância no financiamento estudantil, e que a medida já era prevista desde 2010, não sendo adotada em governos anteriores por uma questão política. O relator prometeu analisar as demandas dos integrantes da comissão mista, mas ressaltou os limites impostos pela atual condição econômica do País e pelos cortes no Orçamento da educação.

Para ele, as alterações não são ideias, mas vão garantir que o programa sobreviva por vários anos. "Nós aumentamos, inclusive, o valor do fundo, de R$ 2 bilhões para R$ 3 bilhões, com o compromisso de que nós parlamentares apresentaremos emendas ao orçamento nesse sentido. Não adianta querermos pegar do dinheiro atual do Ministério da Educação porque vai faltar para outros programas importantes da sociedade", argumentou Canziani.


Agência Câmara


Educação promove debate sobre ensino superior a distância


A Comissão de Educação promove audiência pública hoje sobre a Universidade Aberta do Brasil (UAB), seus resultados e desafios.

A UAB é um programa do Ministério da Educação com o objetivo de ampliar e interiorizar a oferta de cursos superiores, por meio da educação a distância. A prioridade é oferecer formação inicial a professores da educação básica pública que ainda não tenham graduação e formação continuada àqueles já graduados. A UAB também oferece cursos a dirigentes, gestores e outros profissionais da rede pública de ensino.

Os autores do requerimento para a audiência pública são os deputados Waldir Maranhão (PTdoB-MA) e Giuseppe Vecci (PSDB-GO). Maranhão espera que o debate estimule os municípios a criarem polos para receberem o programa da UAB. Vecci ressaltou o número crescente de alunos que concluíram cursos superiores a distância enquanto o número de graduados em cursos presenciais tem se mantido estável.


Foram convidados para o debate, entre outros:

o diretor Capes, Carlos Lenuzza;

o consultor de educação a distância João Vianney Valle dos Santos; e

o representante da Associação Brasileira de Educação a Distância Welinton Baxto da Silva.


Agência Câmara 


SBPC e cinco entidades enviam carta a Temer solicitando a liberação do restante dos recursos do MCTIC e das universidades públicas federais


Em carta enviada ao presidente da República nesta sexta-feira, 06, as seis entidades reiteram a preocupação com a atual e gravíssima situação da ciência e tecnologia no País e solicitam novamente a liberação dos recursos congelados do MCTIC em 2017


A SBPC, em conjunto com outras cinco entidades representativas das comunidades científica, tecnológica e acadêmica brasileiras e dos sistemas estaduais de ciência, tecnologia e inovação enviaram nesta sexta-feira, 06, uma carta ao presidente da República, Michel Temer, reiterando a preocupação com a atual e gravíssima situação da ciência e tecnologia no País e solicitando novamente a liberação imediata do restante dos recursos do Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações (MCTIC) contingenciados em 2017 e das verbas de custeio e de investimento das universidades públicas federais. Esta é a terceira carta enviada ao presidente da República com esta solicitação. As anteriores podem ser lidas aqui e aqui.

As entidades afirmam que, “dos R$ 12,8 bilhões descontingenciados recentemente pelo governo federal, apenas cerca de R$ 500 milhões foram destinados ao MCTIC, dos quais R$ 102 milhões para obras do PAC na área de telecomunicações e de C&T, e R$ 398 milhões para as demais obrigações da pasta (CNPq, Finep, institutos de pesquisa do Ministério, etc) ”. Para as entidades, “os recursos liberados são claramente insuficientes para os compromissos mínimos de 2017 das agências e institutos do MCTIC e estão muito aquém dos R$ 2,2 bilhões, solicitados pelas nossas entidades, para atender às necessidades do setor neste ano”.

A carta ainda manifesta a preocupação das entidades com “a situação dos recursos para a Capes e para as universidades públicas federais, uma vez que foram agora descontingenciados apenas R$ 470 milhões para as diversas obrigações do MEC (Capes, universidades, educação básica, etc) ”.

O documento também ressalta a carta enviada recentemente por 23 cientistas de todo o mundo, ganhadores do Prêmio Nobel, que “nos envergonha pela exposição ao mundo da situação de desmonte do nosso sistema de ciência e tecnologia e por percebermos em cientistas estrangeiros uma sensibilidade maior pela situação da ciência brasileira do que a encontrada entre muitos dos responsáveis pelos destinos do País”.

Além da SBPC, assinam o documento a Academia Brasileira de Ciências (ABC), a Associação Nacional dos Dirigentes de Instituições Federais de Ensino Superior (Andifes), o Conselho Nacional das Fundações Estaduais de Amparo à Pesquisa (Confap), o Conselho Nacional de Secretários Estaduais para Assuntos de Ciência e Tecnologia (Consecti), o Fórum Nacional de Secretários Municipais da Área de Ciência e Tecnologia.

A carta foi encaminhada também aos ministros da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações, Gilberto Kassab, da Fazenda, Henrique Meirelles, e do Planejamento, Desenvolvimento e Gestão, Dyogo Oliveira.


Jornal da Ciência

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