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CAPES já investiu R$53,7 milhões em programa de combate à COVID-19

06/04/2021 16:31


A CAPES já investiu R$ 53,7 milhões e concedeu 1.959 bolsas por meio do Programa de Combate a Epidemias. A iniciativa, que completou um ano na sexta-feira, 2 de abril, tem a finalidade de incentivar estudos voltados à prevenção e ao enfrentamento à COVID-19 e outras doenças epidemiológicas.

Benedito Aguiar, presidente da CAPES, observa que a Fundação tem agido para atender a demandas da sociedade a partir de pesquisas de induzidas e de grande relevância na atualidade: “Os programas estratégicos induzidos da CAPES direcionam os investimentos para onde há maior necessidade. É o caso do combate à pandemia, em que instituições de ensino superior, atuantes no Sistema Nacional de Pós-Graduação,  têm dado uma resposta muito positiva”.

O programa foi dividido em duas dimensões: ações estratégicas emergenciais imediatas e ações estratégicas emergenciais induzidas em áreas específicas. Na primeira, a CAPES concedeu 1.189 bolsas de forma emergencial para programas de pós-graduação com notas 5, 6 e 7 que apresentam potencial para desenvolver pesquisa e formar pessoal qualificado para a área-objeto da iniciativa. Na segunda, a Fundação abriu três editais (veja aquiaqui e aqui), de onde foram selecionados 109 projetos. Até o momento foram concedidas 770 bolsas, além de recursos de custeio.

Oito das iniciativas escolhidas pela CAPES procuram desenvolver uma vacina contra a doença causada pelo novo coronavírus. Pesquisadores da Universidade de São Paulo (USP) concentram esforços em um imunizante, a ser aplicado pelo nariz, com tecnologia 100% brasileira. A intenção é proteger as vias respiratórias, criando anticorpos específicos contra o SARS-COV-2.

De acordo com Jorge Kalil, imunologista e professor da Faculdade de Medicina da USP, uma vantagem desse tipo de aplicação é que ela oferece maior proteção também a terceiros. “As vacinas atuais evitam a doença, mas não se sabe se impedem que o vírus permaneça nas fossas nasais e na orofaringe, na garganta e no nariz”, afirma o cientista, que também coordena o projeto. Embora o protótipo esteja pronto, alguns passos ainda precisam ser cumpridos até que a vacina possa ser oferecida no mercado.

A produção de vacinas, bem como de diagnósticos, reposicionamento de fármacos, entre outras técnicas, seguem o cronograma do Programa. Em quatro anos haverá o investimento de R$ 200 milhões e a concessão de 2.600 bolsas.

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