14/01/2022 12:28
A Fenep (Federação Nacional das Escolas Particulares) está orientando as instituições privadas de ensino a não exigirem o certificado de vacinação dos alunos na retomada das aulas.
O presidente da Fenep, Bruno Eizerik, explicou que a federação defende a vacinação das crianças e adolescentes. Também aconselha os sindicatos associados a incentivarem pais e responsáveis a vacinarem os alunos mais jovens.
Entretanto, frisou, considera que não seria das escolas, mas das autoridades sanitárias, o papel de cobrar o passaporte vacinal. "Respeitamos aquelas famílias que entendem que a vacinação não precisa ser feita", disse Eizerik.
Eizerik explicou que por serem instituições privadas, as escolas têm autonomia para cobrar o passaporte vacinal, embora essa não seja a orientação da federação.
A maioria dos estabelecimentos fechados, como bares, restaurantes, ambientes de trabalho, exige o passaporte vacinal dos frequentadores, por determinação legal.
"Não temos o poder de proibir. Se a escola achar que deve exigir, vai exigir", disse. "De qualquer forma, vale lembrar que as aulas vão começar em 15 ou 20 dias e nem todas as crianças estarão vacinadas ainda", completou.
"Além disso, estudamos presencialmente no ano passado sem essa vacina e não registramos nenhum grande surto, então não acho que seja necessário criar uma confusão agora", afirmou.
O ECA (Estatuto da Criança e do Adolescente), de 1990, assegura, no artigo 14, que é "obrigatória a vacinação das crianças nos casos recomendados pelas autoridades sanitárias".
Por isso, tradicionalmente, as escolas públicas e particulares pedem a caderneta de vacinação das crianças no ato da matrícula.
"A vacinação no Brasil é obrigatória há mais de trinta anos, está prevista no ECA", reafirma o diretor da Sociedade Brasileira de Imunizações, o pediatra Renato Kfouri.
"Em todos esses anos, é desprezível o número de casos em que a Justiça precisou intervir para que os pais vacinassem seus filhos. Essa discussão só interessa aos antivacinistas", criticou.
Mas esse porcentual é significativamente maior entre os mais pobres em relação aos mais ricos.
Entre os que ganham até um salário mínimo, chega a 92% o grupo pró-vacinação. De três salários mínimos para cima, cai para 73%.
"Nesta pandemia, os mais ricos morreram menos que os mais pobres", constatou Chystina Barros, especialista em gestão de saúde e integrante do Comitê de Combate ao Coronavírus da UFRJ (Universidade Federal do Rio de Janeiro).
"E essas pessoas (os mais ricos), infelizmente, acabam pensando somente em si, esquecem que a criança precisa da vacina para sua própria proteção, mas que também fazem parte da cadeia de disseminação da doença."
Embora as pessoas mais velhas sejam mais vulneráveis à covid-19, 324 crianças de 5 a 11 anos morreram vítimas da doença desde o início da pandemia.
Além disso, lembram os especialistas, com a disseminação exponencial da variante ômicron e como os adolescentes e os adultos já estão em grande parte vacinados, é provável que, nesta terceira onda, a doença se dissemine mais nas faixas mais jovens.
Fonte: UOL Educação
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