29/10/2020 19:30
As medidas de distanciamento social serão aplicadas a partir desta sexta-feira e incluirão exceções, como a continuação do funcionamento da maioria das escolas e a permissão para a realização de funerais. Os serviços públicos também continuarão funcionando. As medidas permitirão ainda a saída de casa para uma hora diária de exercício, para a compra de bens essenciais e para buscar atendimento médico. As pessoas ainda terão permissão para trabalhar fora de casa se seu empregador considerar impossível o trabalho remoto.
Macron fez o anúncio em uma longa mensagem transmitida na televisão, de teor alarmado, na qual disse que a segunda onda do vírus deve ser pior do que a primeira.
— O vírus circula em uma velocidade não antecipada nem pelas previsões mais pessimistas. Como todos os nossos vizinhos, estamos afundados pela súbita aceleração do vírus — disse o presidente francês. — Estamos todos na mesma posição: invadidos por uma segunda onda que sabemos que será mais difícil e mais mortal do que a primeira.
As novas medidas ecoam a quarentena de oito semanas que a França impôs na primavera, quando as hospitalizações e mortes causadas pela epidemia de Covid-19 tiveram o seu pior índice até agora.
As medidas serão adotadas até pelo menos 1º de dezembro, e serão revistas a cada 15 dias, conforme as infecções se tornem menos comuns. Macron disse que, se o país buscasse a imunidade de grupo sem a vacina, isso custaria a vida de 400 mil pessoas, e que, por isso, "essa estratégia jamais será adotada".
— Vamos manter as restrições rigorosamente por duas semanas. Se tivermos melhor controle da situação em 15 dias, poderemos reabrir alguns negócios — disse o presidente. —Veremos se podemos ter esperança de cultivar esse momento precioso das festas de fim de ano. Nossa meta é passar de 40 mil para 5 mil contaminações por dia.
A França relatou na terça-feira 523 novas mortes por coronavírus em 24 horas, o maior número diário de mortes desde abril. Os médicos alertaram que as unidades de terapia intensiva correm o risco de ficar sobrecarregadas. O número de mortos na França, de mais de 35 mil, é o sétimo maior do mundo, de acordo com dados da Reuters.
Os mercados de ações mundiais sofreram quedas acentuadas em resposta às notícias de que as maiores economias da Europa estavam impondo restrições nacionais quase tão severas quanto aquelas que conduziram a economia global à sua recessão mais profunda em gerações no primeiro semestre.
Segunda onda: Veja como a Europa está lidando com o novo avanço da Covid-19
A partir de amanhã, Emmanuel Macron participará de uma reunião do Conselho Europeu, composto pelos chefes de Estado da União Europeia, para coordenar as respostas de saúde dos vários países da União Europeia.
Nesta quarta-feira, a Comissão Europeia — órgão executivo do bloco — propôs uma série de medidas novas para combater a pandemia de Covid-19 na União Europeia, dizendo que o novo pico de infecções no continente é "alarmante". Houve um chamado para os 27 governos agirem de maneira mais coordenada contra o vírus.
"O relaxamento de medidas aplicadas durante os meses de verão nem sempre foi acompanhado de passos para criar uma capacidade de reação suficiente", alertou a Comissão em um comunicado que é parte de sua proposta formal de ação para os governos da UE. Para rastrear melhor a disseminação das infecções, Bruxelas disse que os governos da UE deveriam coordenar suas estratégias de exames e fazer um uso mais amplo dos exames rápidos de anticrpos, apesar de o suprimento global destes kits estar diminuindo.
A Comissão alertou que a "escassez atual da capacidade de testagem" exige uma ação rápida.
Na semana passada, a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, disse que o Executivo da UE direcionará 100 milhões de euros para comprar até 22 milhões de testes para atender as "necessidades imediatas" dos países do bloco. Agora a entidade está exortando os Estados a comprarem mais através de um esquema de aquisição conjunta.
Ela ainda disse que os Estados deveriam ter exigências de exame comuns para o ingresso de viajantes, incluindo exames na chegada se estes não estiverem disponíveis no país de origem, e pediu regras coordenadas para quarentenas.
Especialistas já previam uma segunda onda no outono europeu, quando as doenças respiratórias costumam ter alta em países de clima temperado. Isto se dá sobretudo em função do menor número de horas que as pessoas passam em espaços abertos.
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