19/12/2018 16:10
O número de alunos no ensino a distância é recorde: mais de 7,7 milhões se matricularam em 2017, segundo o Censo EAD.BR 2018, divulgado em outubro. Com tanta gente interessada, a oferta também aumenta - foram criados mais de 3 mil polos de ensino a distância no Brasil, diz a pesquisa. Com isso, é necessário ter atenção aos detalhes na hora de escolher a melhor opção.
Para ajudar na decisão, confira abaixo cinco critérios que podem ajudar na hora da escolha.
1. Conheça seu perfil de estudo
As vantagens dessa modalidade de ensino já são bem conhecidas, como a facilidade de estudar em qualquer horário ou lugar. Mas tanta liberdade exige disciplina para levar os estudos adiante, por isso, especialistas alertam que é importante o estudante considerar o próprio perfil antes de optar pela aprendizagem a distância.
"São várias opções de EAD, desde cursos livres com poucas horas de duração até cursos superiores com alta carga horária. Mas não adianta escolher o melhor curso se o aluno não tiver disciplina para estudar. É necessário se dedicar", diz Anderson Malgueiro, gestor de cursos livres do Senac EAD.
Há quem goste de reservar um horário específico para os estudos e quem prefira aproveitar as brechas na agenda, mas o mais importante, segundo Malgueiro, é que o aluno consiga assimilar o conteúdo. "É fácil se matricular na EAD, mas é complexo concluir o curso. O aluno precisa ler os materiais, assistir a vídeos, entregar trabalhos. Há estudos que mostram que a carga de leitura na EAD é de sete a oito vezes maior que em um curso presencial", afirma.
2. Busque conteúdo e metodologia que agradem
Com a necessidade de tanta dedicação, é importante escolher o conteúdo e a metodologia que agradem. Avalie a grade curricular, a proposta metodológica e até a conexão de internet que pretende usar para estudar. Em alguns casos, isso pode ser uma barreira para a EAD, já que os cursos usam vídeos, quizzes, games e outros recursos que demandam da conexão.
"Cursos rápidos geralmente são autoinstrucionais, preparados para que o aluno tenha o menor número de dúvidas possível. Para cursos mais longos, ter um tutor é muito importante, pois ele faz o papel de um professor em sala de aula. No Senac, por exemplo, há tutores disponíveis para atender os alunos em caso de dúvidas, com respostas em até 24h", completa Malgueiro.
3. Verifique a seriedade da instituição
Não menos importante é a escolha da instituição. Tatsuo Iwata, pró-reitor de pós-graduação lato sensu e educação continuada da ESPM, recomenda que o estudante busque uma instituição séria, que seja referência em educação, independentemente da modalidade de ensino.
"A EAD sofre um preconceito histórico no Brasil, pois é atribuída a ela uma característica negativa, de ensino de segunda classe ou menos 'puxado' que o convencional, o que não é verdade. Um curso a distância tem que ter o mesmo rigor, o mesmo nível de exigência e a mesma dificuldade de um curso presencial", afirma Iwata.
Carlos Longo, diretor da ABED (Associação Brasileira de Educação a Distância), indica checar a avaliação da escola nos rankings educacionais, a nota do Enade (Exame Nacional de Desempenho dos Estudantes), o conceito da instituição no MEC. Muitas dessas informações estão disponíveis no site da própria ABED.
No caso de cursos livres, a dica é procurar alguma "degustação" grátis. A maioria oferece uma experimentação, seja um capítulo do curso, um vídeo, uma 'pílula' de conteúdo. "Fazendo esse teste de graça, o aluno consegue ter uma ideia se vai acompanhar", diz Longo.
4. Veja se há certificação
O tipo de curso também influencia na certificação que o aluno receberá ao final, logo, o estudante deve considerar qual é o seu objetivo com os estudos ao fazer a escolha.
"Se o curso é livre, a certificação não é tão importante, o que vale mais é a habilidade que o aluno vai desenvolver. Para cursos de graduação, pós-graduação ou na área de TI, o certificado tem mais valor, pois é o que vai permitir ao profissional atuar naquela área", declara o diretor da ABED.
5. Conheça a experiência de ex-alunos
Conversar com ex-alunos é outra dica importante dos especialistas. Se o objetivo com o curso é a qualificação profissional, vale procurar ex-alunos que estejam no mercado de trabalho para saber se o curso, de fato, contribuiu com a carreira.
Para quem já está empregado e busca mais qualificação, consultar o RH da empresa também é um caminho. "As empresas valorizam a EAD, elas são grandes compradoras de cursos a distância. O preconceito está mais nas pessoas do que nas organizações", diz Longo.
Fonte: Folha de S. Paulo
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