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Um passeio histórico pela tabela periódica

07/10/2019 13:52


A Organização das Nações Unidas e a Unesco decretaram, em comunicado oficial, que 2019 seria o Ano Internacional da Tabela Periódica dos elementos químicos. Neste ano, a tabela comemora 150 anos desde que Dimitri Mendeleev propôs a primeira organização dos elementos conhecidos até então em uma tabela. A ideia principal sempre foi agrupar os elementos de acordo com suas características semelhantes. Desde então, surgiram várias propostas de modificação que levaram a tabela ter a estrutura atual.


Essa história começa em 1829, quando Johann W. Dobereiner fez a primeira tentativa de agrupar os elementos, com propriedades semelhantes, de três em três (tríades). Esse método se mostrou ineficaz por ser muito restrito, uma vez que existiam outros elementos semelhantes aos da tríade.


Mais tarde, com o aumento do número de descobertas, o geólogo francês Alexander Chancourtous organizou os elementos em um cilindro. Nele, aqueles com propriedades semelhantes encontravam-se na mesma vertical – uma linha espiral em volta de cilindro. Apesar de ser uma evolução significativa em relação ao modelo de Dobereiner, ele não foi muito aceito em função de alguns erros apresentados nos cálculos das massas de alguns elementos. Essa organização foi chamada de Parafuso Telúrico, sendo a palavra telúrico referente à terra.


Em 1864, Jonh Newlands, químico britânico, idealizou a classificação dos elementos pela ordem crescente de massa atômica. Eles foram dispostos lado a lado em grupos de sete unidades e logo foi possível perceber que as propriedades se repetiam no primeiro e no oitavo elemento, como as notas musicais, que se repetem a cada oitava. Essa classificação recebeu o nome de “Lei das Oitavas”. Entretanto, assim como os demais modelos, apresentou algumas restrições.


Apesar dos problemas apresentados pelos modelos anteriores, ele foram fundamentais para o desenvolvimento da proposta de organização dos elementos químicos de Mendeleev. A organização dos elementos em sua tabela foi feita em 1869 quando ele escrevia um livro de química inorgânica. Ele tinha 35 anos. Este modelo era baseado na ideia de que as propriedades dos elementos são funções periódicas de suas massas atômicas. Embora a tabela atual não seja uma cópia fiel daquela proposta por Mendeleev, ela guarda ainda muitas das propostas de organização feitas por ele.


Em 1913, quando o conceito de número atômico foi estabelecido, a tabela periódica sofreu uma nova modificação, que foi decisiva para que tivéssemos o padrão atual. O físico inglês Henry Moseley organizou os elementos em ordem crescente de número atômico, modificando de forma singela a proposta de Mendeleev e mantendo o formato que conhecemos até hoje.


A tabela periódica é símbolo de uma tentativa de organizar o conhecimento, aspecto fundamental da ciência. O gesto da ONU, de proclamar 2019 como o Ano Internacional da Tabela Periódica, é uma contribuição, um esforço simbólico para “aumentar a sua consciência global e a educação em ciências básicas”, conforme declarou em comunicado oficial.


A Iupac, em comunicado, destacou que “o desenvolvimento da Tabela Periódica dos Elementos é uma das realizações mais significativas da ciência e um conceito científico unificador, com amplas implicações em astronomia, química, física, biologia e outras ciências naturais”. Diz ainda que “é uma ferramenta única que permite aos cientistas prever a aparência e as propriedades da matéria na Terra e no Universo”. Por tudo isso, nada mais justo que celebrar um trabalho tão relevante para a ciência.


Fonte: Correio Braziliense

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