16/04/2018 17:54
A integração é o caminho para avançar na inovação biotecnológica industrial, defenderam pesquisadores durante o 2º Simpósio Cabbio de Temas Atuais em Biotecnologia, realizado nesta quinta-feira (12) no Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações (MCTIC) com a participação de representantes do governo, setor produtivo e academia.
“Precisamos criar um ambiente favorável para essas interações. Queremos ampliar essa abordagem integrando as iniciativas. Daqui para frente, iremos promover ações convergentes e integradoras”, afirmou o coordenador-geral de Saúde e Biotecnologia do MCTIC, Luiz Henrique Mourão.
O Centro Brasileiro-Argentino de Biotecnologia (Cabbio, na sigla em espanhol) é um programa de integração regional lançado em 1987 para apoiar projetos conjuntos entre os dois países e, mais recentemente, o Uruguai.
“Atividades como esse simpósio são iniciativas excelentes, pois trazem os diferentes atores para o diálogo”, afirmou o presidente-executivo da Associação Brasileira de Biotecnologia Industrial (ABBI), Bernardo Silva.
Segundo ele, a ABBI busca defender o setor como um dos vetores do desenvolvimento nacional. “Da nossa parte, estamos atuando na comunicação com a sociedade com relação aos benefícios e ao potencial que a biotecnologia traz para o Brasil e para o mundo. Buscamos contribuir para acelerar o desenvolvimento dessa área no país, e dialogamos a nível regulatório para modernizar a legislação, que é bastante complexa e desatualizada”, acrescentou.
De acordo com a ABBI, a biotecnologia industrial é capaz de fazer mais com menos, utilizando enzimas e micro-organismos para aprimorar processos industriais e gerar produtos e materiais com alto valor agregado nos mais diversos setores.
Na avaliação do pesquisador Ricardo Yassaka, do laboratório nacional Cristália, o gargalo na comunicação entre os setores impede o Brasil de inovar mais. “Eu ainda vejo muita barreira entre a academia e a indústria. Um fomento maior nessa interatividade pode contribuir para a gente dinamizar isso”, afirmou.
O gerente de pesquisa avançada da L’Oréal no Brasil, Rodrigo De Vecchi, reforçou a importância dos investimentos em capacitação e pesquisa. “Todos os anos, a L’Oreal investe pelo menos 1 milhão de euros em pesquisas para inovação.”
Posição de destaque
Os especialistas defenderam que o Brasil aproveite melhor suas características naturais e seu potencial humano. “Quando falamos em biotecnologia, o Brasil sempre teve posição de destaque. Por muitas razões. Nós temos uma grande biodiversidade e competência na área. O Brasil é forte nas pesquisas em ciências da vida”, avaliou a representante da Fundação de Amparo à Pesquisa de Minas Gerais (Fapemig), Elza Fernandes de Araújo.
Na avaliação dela, o simpósio Cabbio é um ganho para o Mercosul. “É realmente um marco. Contabilizando décadas de atividades, o Cabbio vem trabalhando para gerar recursos humanos, avançar na inovação científica e permitir a interação entre grupos de países do Mercosul, mais especificamente Argentina, Brasil e Uruguai.”
Assessoria de Comunicação Social - MCTIC
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